Social Media nos jornais

Social Media nos Jornais

Cada vez mais, é fundamental estarmos um passo à frente dos outros. Sempre foi imprescindível, mas agora é mais do que nunca.

Nos tempos que correm, a informação com dez minutos é obsoleta e os produtos com mais de dois anos – na generalidade dos casos – são pequenas lembranças dum passado há muito ido. A comunicação tem que ser imediata, o sentido de oportunidade é fundamental e as check-lists alteram-se a cada dois minutos. Imaginem nos jornais.

A pergunta que se coloca é: qual a forma de lidar com isso?

Criar estratégias de engagement, para os leitores, sempre sedentos de informação e posicionados na primeira linha das redes sociais, terem os nossos conteúdos como primeira fonte de informação. Reparem que até os jornais mais conceituados estão a apostar em notícias de carácter dúbio ou em fotos, aparentemente, de mau gosto. Tudo isto se deve ao facto das monitorizações e as plataformas preferirem os conteúdos que provocam interacção e que as pessoas “aconselham”, do que os indiferentes, ainda que ricos conceptualmente. Uma notícia sobre o escritor X, que decidiu deslocar-se para uma floresta, a fim de escrever a próxima obra, nunca provocará um tão forte impacto – tristemente, poderemos dizê-lo – como uma foto do Ronaldo com uns calções amarelos, em Saint Tropez. E este é o motivo que leva alguns jornais estarem a apostar em notícias que não entravam, em tempos, nas suas linhas editoriais. Estão a criar engagement, para depois as suas publicações mais comuns, as que vão contar com a sua experiência profissional, por exemplo na área da política, não ficarem esquecidas, ou necessitarem de investimentos em publicidade.

Outra questão que se coloca, para os jornais de hoje em dia, é o formato de negócio, que se alterou completamente. As vendas já não justificam tiragens elevadas e, portanto, todas as fontes de rendimento se viraram exclusivamente para o online. As publicidades em papel são cada vez mais para as grandes marcas, com orçamentos de publicidade alargados, mas que também já não estão dispostas a pagar balúrdios por uma meia página, ou página inteira. Também aí os ganhos baixaram, em acumulação à perda de vendas. Portanto, é preciso apresentar valores, acessos ao site, taxas de conversação, leads, tudo o que posso levar as pessoas a interagirem, para se justificar um valor alto às marcas, que será o que manterá o jornal aberto. Mais uma vez, o Ronaldo de calções leva mais gente ao site, que o escritor na floresta a preparar mais uma obra. Há os jornais de nicho, claro, que não boicotam  a  sua ideologia editorial, para comprar publicidades. Mas esses são os jornais pequenos, os que labutam pela cultura, pela a informação acima do sensacionalismo. Mas, infelizmente, muitas vezes também são os que não sobrevivem.

E isto é tudo o que faz com que sejamos bombardeados por notícias do Público que, apesarem de terem um conteúdo cuidado, são “vendidas” com títulos sensacionalistas, ou com os rabos em fio-dental no DN a ilustrarem um incêndio. É a era da informação e a culpa não é dos jornais, é nossa, do grosso modo que prefere a historieta à informação. Não os culpem por se tentarem tornar sustentáveis, culpem-nos por serem contra-informativos ou boateiros, que isso já não são todos.

Quanto a mim, regresso num próximo post, com qualquer assunto que me pareça relevante. Até lá, despeço-me com beijinhos, abraços e cordiais cumprimentos.

Queres ser rei das redes sociais?

Ser rei nas redes sociais

Quem não quer, não é? Actualmente, com as mudanças de comportamentos, sociais e de consumo, nas redes sociais é onde se começa a formular o mundo real, seja com convites para eventos, com as opiniões que por lá florescem ou com a ideia que ficamos das pessoas. Para as marcas, não é diferente.

Como é que uma marca pode ter sucesso nas redes-sociais?

Planeamento

Sem planeamento é impossível conseguirmos atingir fins positivos para a empresa. Desde logo, em função do tipo de negócio e do tipo de cliente, necessitamos saber em que redes sociais é essencial estarmos, com que tipo de abordagem e quais os nossos objectivos nela(s). Pretendemos aumentar a nossa notoriedade, estudar as necessidades dos nossos consumidores ou alavancar as nossas vendas? Até podem ser as três, logo que bem definidas, e com uma ideia bem presente: temos que dar muito, até os seguidores acederem a dar-nos de volta. As redes-sociais são assim.

Conteúdos

Os conteúdos são absolutamente fundamentais para o negócio ter sucesso nas redes sociais. Não podemos cair no erro de publicar por publicar, ou achar que o segredo é estarmos sempre a aparecer. Demasiada informação, se não for relevante, terá mais efeitos prejudiciais do que benéficos, acreditem. Os conteúdos necessitam ser trabalhados de acordo com o nosso público-alvo, com o que ele gosta, mas sempre acrescentando algo de novo. E sempre com o cuidado de não perdermos a espontaneidade que é o alimento do social media, mas também não nos deixarmos cair na tentação de sermos impulsivos. Há que planear, como atrás disse. Sabendo que os conteúdos memoráveis, segundo o Bruce Kasanoff, são os que apelam às emoções, os que criam contrastes ou comparações, os que obrigam as pessoas a criarem uma imagem mental, os fora do comum, os que usam efeitos visuais simples para conceitos complicados, os que usam o exagero, os que obrigam as pessoas a serem elas a dar a resposta e os que criam uma história. Tudo porque o primordial é sempre criar relevância.

Engagement

Quem me conhece, sabe que não sou muito de estrangeirismos, mas, neste caso, engagement, até pela sua sonância, parece-me que funciona melhor que interacção, não concordam? É mais sedutor. Mas, vá, chega de falar disso, o importante é referirmos que o engagement é o criar de relação do consumidor com a marca, através das redes sociais. Partilha opiniões nossas, interage com todas as que aparecem e quase que é capaz de nos defender. Mas como conseguimos isso? Desde logo, com o tópico anterior. Criar conteúdos relevantes e memoráveis, ajudará à criação de empatia. A partir daí, começarmos a criar novas soluções de interacção, como os passatempos ou mesmo as app’s disponíveis. Lembro-me de, há uns anos, terem criado no Facebook uma app que servia para as pessoas escreverem as três maiores loucuras que já cometeram e a marca sugeria-lhes pessoas que já tivesse cometido as mesmas loucuras. Resultado? Muitas pessoas acabaram por ser conhecer através dessa app, associando esse momento bom à marca, que julgo ter sido a Optimus, através de uma ideia da Torke. Isso foi engagement, as pessoas interagiram com a marca, e a marca ainda conseguiu alocar-se na memória daqueles consumidores associada a momentos bons. E, como eu vos dizia no texto Vamos pôr os clientes a fazerem Buzz Marketing?, são as sensações que fazem o consumidor promover-nos.

Agora que já têm as ferramentas de pensamento, querem continuar com o vosso negócio longe das redes sociais? Pois, já adivinhava. Mas tenham atenção que o mundo do Social Media é muito mais do que isto, há várias coisas a que devemos estar atentos: as críticas não são para apagar, as promoções não são para serem feitas sem segmentação, entre muitas outras coisas. Facebook, Twitter, Linkedin, Youtube, Pinterest, Instagram, Google +, são só algumas das janelas de oportunidade para os negócios. Não podemos é querer estar em todas, se não fizer sentido.

Se eu vender cachecóis de clubes de futebol, não vou montar uma banca em frente a um estádio e outra em frente ao Coliseu, pois não? Nas redes sociais (e no Marketing em geral) é igual.

Agora, despeço-me com abraços, beijinhos e cordiais cumprimentos, esperando encontrar-vos num próximo post!