O que é o Marketing Digital e o que são as suas vantagens

O que é o Marketing Digital e o que são as suas vantagens

Há muita gente a falar de Marketing Digital, até porque é um dos assuntos da moda, quando toca a gestão e promoção de empresas e marcas, mas não vejo toda gente ciente do que realmente é o Marketing Digital e do que são as suas vantagens e/ou diferenças para o Marketing tradicional.

O que é o Marketing Digital?

De forma genérica, são todas as actividades comunicacionais, de posicionamento, notoriedade e promoção, que se fazem no espaço online.

A associação ao PPP (pay per click), ou Adwords, é muito comum, mas é importante perceber que essa é só uma das estratégias possíveis de Marketing Digital. O SEO, o Social Media e o E-mail Marketing são só mais alguns exemplos, do que pode compor um Plano de Marketing Digital. E isto são estratégias que se partem em muitas – mesmo muitas! – tarefas, como criação de conteúdos, análise de métricas, aperfeiçoamento de campanhas, sites responsive e com base e trabalho actualizado de SEO, landing pages, etc.

Deixo uma nota, que pode ser interessante para colocar o Marketing Digital, definitivamente, nos plano da sua empresa. O Marketing Digital, que pode ter uma estratégia própria de 8Ps, mas que aqui falarei dele em comparação ao tradicional, aparece nos 4 Ps do Marketing (Product, Price, Promotion e Placement) na Promoção, mas também na Distribuição, porque outra das estratégias possíveis (e muito aconselhável, em imensos casos) é o ecommerce, onde é feita a entrega do produto/serviço (placement).

E quais são as vantagens do Marketing Digital?

Como forma mais simples de resposta a esta questão, optarei por fazer comparação aos habituais canais de Marketing, anteriores ao digital. Quem não se lembra de estar a ver o filme preferido e ser interrompido pela publicidade? Toda gente, mas hoje isso já não acontece tanto, porque consumimos televisão e filmes de forma diferente, por canais distintos. Ou seja, o nosso perfil de consumidor mudou em relação à TV, como mudou em relação a tantas outras coisas. Assim, o canal de distribuição também necessitou de ser alterado.

Com essa alteração, e consequente transferência para o meio digital, o poder de segmentação e engagement aumentou, porque a colocação da publicidade era definida pelo género de filme a ser exibido e pelo horário em que ele seria transmitido, o que influenciaria o perfil e número de pessoas que, à partida, o estariam a ver. Enquanto que com o Marketing Digital podemos escolher comunicar apenas para quem nos procura (eliminando a interrupção ao consumidor), enquanto marca, ou enquanto produto/serviço de que necessita e está presente na nossa oferta. Outra forma é aparecer nos sites de interesse com banners; como por em exemplo blogues ou sites de jornais desportivos, quando somos uma Nike. E este segundo exemplo já são as tais campanhas de Adwords, com o PPP, onde estamos seguros que só pagamos por quem interage com a nossa marca, ou tem interesse em produtos relacionados ao nosso. Consegue, assim, perceber a melhor performance que pode ter? Na televisão pagávamos a presença, no digital pagamos a interacção. E de forma mais segmentada.

Outro caso que podemos comparar: lembra-se quando os cosméticos anunciavam em revistas, com pequenos vales de desconto, que careciam de confirmação no site, ou por sms? Se sim, fica a nota que isso acontecia para que pudessem medir o real impacto dessa campanha. No digital, por sua vez, a grande maioria das campanhas, para não dizer todas, são absolutamente mensuráveis, o que permite mais ajustes e redireccionamentos, que, por sua vez, levarão a uma maior rendibilidade das campanhas e do negócio. Que pode ser medido com a fórmula do ROI.

Se desejasse levar ao extremo estes exemplos, ainda lhe poderia colocar uma situação  a roçar o ridículo. Já imaginou três outdoors, da mesma empresa, com slogans diferentes, lado a lado, para que pudesse escolher o que melhor se relaciona com as  suas necessidades?

Não, pois não? Pois, mas no caso da rede de pesquisa, ou mesmo da rede de display, no Google, é isso que acontece, ao definirmos três e quatro anúncios para o mesmo produto ou serviço, para que o Google nos vá ajudando a compreender o que é mais útil para si, ou aproximado ao que deseja, e que nos garantirá um maior índice de qualidade e, claro, conversões, que podem ser vendas ou contactos, conforme o seu negócio ou a sua campanha.

Por fim, uma questão: já viu o enorme potencial do Marketing Digital?

Se a resposta foi sim, deixe-me dizer-lhe que isto, das maiores possibilidades de segmentação, da maior rendibilidade do investimento e da possibilidade de correcção quase em tempo real, é apenas uma parte do bolo, porque a cereja é o aumento das vendas. Os grandes ficaram maiores, mas os pequenos ficaram gigantes!

Eu, enquanto vou colocar um outdoor na minha porta de casa para que todos saibam o que faço e ponho anúncios on-line para que muitos comprem o que eu faço, vou preparar um próximo post e despeço-me com abraços, beijinhos e cordiais cumprimentos. Até já!

E, não se esqueça, se precisar de algo da minha parte, seja ao nível de marketing digital genericamente ou criação de conteúdos especificamente, podem me contactar por AQUI.

Captar as pessoas dentro e fora dos segmentos

Captar pessoas de dentro e fora dos segmentos

Um erro comummente cometido, quando pensamos na criação de conteúdos, enquanto gestores de uma marca, é achar que ao definirmos um segmento, com determinadas características e interesses, estamos a excluir todos os restantes. Isso não é verdade.

Já tive discussões em que me diziam que precisavam de chegar a mais pessoas que um segmento, mas isso é um irrisória forma de vincar que não têm plano algum para a sua empresa e ainda têm dificuldade de, sequer, imaginar quem são os seus consumidores preferenciais. É claro que as marcas fortemente associadas ao surf são, essencialmente, para surfistas. Mas eu, que nado terrivelmente mal e tenho tanto jeito em cima da prancha como a minha avó na criação de flyers, também tenho roupas da Billabong no meu guarda-fatos. Eles comunicam, e sempre comunicaram, para uma faixa etária jovem, com paixão pelo mar e pelos desportos náuticos, nomeadamente o surf. Mas eu, que não pratico surf, não deixei de me sentir impelido a comprar roupas deles. Eles são referência no sector deles, apostam a sua comunicação para o seu segmento, e eu, mesmo fora de muitos dos parâmetros de segmentação, consigo encontrar pontos de fascínio neles. E esse é o segredo, meus amigos: sermos referências. E para sermos referências, desenganem-se, não podemos falar para toda gente. Temos que falar para os nossos, para os que nos decidimos a colmatar uma necessidade, porque esses é que nos vão reconhecer como fundamentais e trazer os outros – como eu com o surf -, que, não percebendo nada da área, compreendem que aquilo se trata de informação fidedigna, de confiança e que, por isso, podemos olhá-los como um exemplo.

A criação de conteúdos tem que passar por esta premissa: saber para quem falamos; para depois descobrirmos de que forma é que eles (o nosso público) falam, que termos valorizam e que informação procuram. Não devemos querer ser tudo para toda gente, porque o tudo está muito mais próximo do nada do que o especializado. Pensem nisso: nunca seremos tudo para toda gente – nem nas marcas nem na nossa vida.

Vejam o que os vossos consumidores procuram na internet e criem artigos sobre isso. Google Trends e Google Alerts são fundamentais para isso. Depois, se mesmo isso não resultar, vão, por exemplo, aos e-mails que recebem e seleccionem as perguntas mais comuns ou as palavras mais repetidas e criem conteúdos sobre isso. Se isso ainda não vos bastar, peguem em ideias e criem posts emotivos, com identidade, bem-dispostos, com uma mensagem que vos identifique e que vocês próprios partilhariam. O viral não tem uma fórmula, mas as marcas precisam ter. E o improviso só resulta quando há um plano por trás.

Agora, vou criar conteúdos. Beijinhos, abraços e espero encontrar-vos por aqui num próximo post. Ficaria muito feliz!